domingo, 22 de junho de 2008

Mais um semestre se vai, mas uma aprendizagem que fica!!!!!!

A cada dia percebemos como nossa caminhada que no primeiro momento a determinamos como muito longa vai se passando muito rapidamente, a cada passo novas realidades, novas possibilidades.

Neste 4º semestre pude compreender a importância da pesquisa para nossa vivência acadêmica, e a necessidade de pensar o complexo para enterder a atitudes simples, na verdade como já disse Edgar Moram, é preciso enxergar a totalidade, a interdisciplinariedade dos fatos, é impossível fragmenta-los, guarda-los em gavetinhas separadas.

Aqui está o trabalho de um semestre, meu ANTEPROJETO DE PESQUISA, orientado pela mestranda Emanuella Dourado...



ALFABETIZAÇÃO: UMA ABORDAGEM REFLEXIVA A CERCA DO PROCESSO DA CONCEPÇÃO DA ESCRITA E DA LEITURA.



Preparando o cenário para a construção


A alfabetização de uma maneira geral tem sido uma questão bastante discutida, principalmente pelos profissionais de educação, por se observar ainda uma grande dificuldade na aprendizagem da leitura e da escrita da criança. Atualmente esta questão vem recebendo atenção especial, principalmente se considerarmos a alfabetização não apenas como o aprendizado da leitura e da escrita, mas a importância de todo o seu contexto sócio-cultural, histórico e econômico, o qual está inserido o sujeito, tendo como base o contexto de letramento muito defendido por Magda Soares, Doutora em Educação, Licenciada em Letras, que da ênfase a discussão da importância de uma alfabetização voltada a um contexto, onde a leitura e a escrita tenham sentido com o real. É preciso defender assim como Palacios (2007), a importância da linguagem relacionada também as bases maturativas da criança e a estimulação da aquisição desta linguagem levando-se em consideração processos básicos essenciais para o seu desenvolvimento.
Torna-se essencial perceber que todas estas preocupações, não são recentes, vários teóricos discutiram e vem discutindo a importância de ver a criança não como uma tabula rasa, ou como um adulto em miniatura, mas como um ser em construção, sendo importante o entendimento da sua maturação emocional, intelectual, tão bem defendida também pelo filósofo norte-americano John Dewey (2006) que em publicação na revista Nova Escola, busca refletir seus métodos na constante reconstrução da experiência. Observando também o importante papel da escola no desenvolvimento contínuo do sujeito para a transformação, a formação de um sujeito critico e reflexivo da sua realidade. Todo este contexto deve estimular o conhecimento, a criança deve buscar constantemente o seu aprendizado orientado pelos seus estágios de desenvolvimento em que as crianças estão inseridas.
A alfabetização das crianças de 0 a 6 anos, deve levar em consideração as idéias que a criança já adquiriu sobre o processo da escrita e da leitura antes de ser inserida no ambiente escolar. Na sala de aula, atividades estimularão o processo de ensino-aprendizagem oportunizando avanço na concepção do sistema escrito e oral. Inicialmente a diferenciação dos traços do desenho, aos poucos vai se estabelecendo critérios quantitativos e qualitativos das letras e relacionada a formação das palavras, vão também se estabelecendo as relações entre a escrita e o som, imagens e palavras. Porém cabe aqui ressaltar que de uma maneira geral, todos estes conhecimentos, hoje possíveis, deve-se a Emilia Ferreiro e Ana Teberosky que possibilitaram na década de 70 a construção de uma didática da alfabetização, considerando a criança como um ser que constrói conhecimento.
Após a inserção da criança na escola, a alfabetização é sem dúvida o momento mais importante da formação escolar, e infelizmente o que ainda presenciamos, é um desconhecimento da realidade lingüística da criança pelos profissionais de educação, como também pelos livros didáticos, podendo aqui nos referir a doutora em Educação, Silvia Colello em entrevista ao guia prático de professores da educação infantil (2008), quando relata que não se aprende a ler e a escrever memorizando a relação de letras e sons ou de exercitar coordenação motora, é preciso proporcionar desafios associando-os aos seus propósitos, banir exercícios mecânicos de caligrafia e silabação fazendo com que professores e pais entendam o real sentido do que é “ensinar a ler e escrever” e como os alunos aprendem.
De uma maneira geral, alfabetização é definida para muitos como o aprendizado do alfabeto, o sujeito aprende (ou simplesmente memoriza) a gramática e suas variações, porém esta etapa consiste não só na construção das habilidades mecânicas, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, resignificar, produzindo novos conhecimentos e novas formas de compreender o uso da linguagem. A inserção deste sujeito no mundo real, formando um cidadão crítico e reflexivo esta intrinsecamente relacionada ao seu contexto social.
Ler e escrever são bases fundamentais da alfabetização. Mas cabe aqui desmistificar o que realmente é a leitura e a escrita. Categorias que nortearão inicialmente minha pesquisa. A leitura proporciona autonomia, consciência, muito além da junção de letras, da decifração de imagens. No intuito de desvendar as palavras, a leitura reflete nossas indagações, nossas interferências, nossas inquietudes, nossa própria transformação para que aconteça a modificação do contexto em que estamos inseridos. A leitura é o testemunho oral de nossas percepções e de nossas ações.
A escrita numa perspectiva social é um registro de informações que vão proporcionando a construção de nossos conhecimentos, é por meio dela que se articulam e se chocam os diferentes contextos. É por meio dela, que deixamos nossas marcas no tempo, que contribuímos com a evolução humana do conhecimento. Desde sua origem, a escrita desvenda mistérios, está atrelada ao poder, revela as enormes desigualdades, escandaliza o que é proibido. A invenção da imprensa traz consigo um marco histórico que também se relaciona a concepção da escrita, da ênfase a formação de um sujeito autônomo, espontâneo, que esteja embasado na transformação da sociedade em questão.
Neste intuito, escolhi como foco de minha pesquisa a Escola Municipal Marcionílio Rosa, que nasce de um sonho de transformação, inicialmente do bairro, muito marginalizado pela sociedade, depois da transformação da própria educação. Atualmente podemos observar que este sonho, idealizado pelo Sr° Marcionílio Rosa aos poucos vai se tornando realidade. Apesar das inúmeras dificuldades, a escola hoje é referência na região pela inclusão dos deficientes visuais na escola, na sociedade e pelo trabalho desenvolvido junto ao corpo docente, discente e também da comunidade. Toda a história, as dificuldades que são apresentadas pela escola, observando o poder da escrita e da leitura (do conhecimento), na transformação da sociedade, me remetem a questionar o desenvolvimento do complexo processo de aquisição da escrita e da leitura (se assim podemos ainda definir), a alfabetização, se fazendo necessário refletir acerca do meu problema de pesquisa. Entendendo principalmente como se aprende e não apenas como se ensina, pergunto: Como as crianças de 0 a 6 anos desenvolvem o processo de escrita e de leitura nos diferentes contextos sócio-culturais da Escola Municipal Marcionílio Rosa em Irecê?


Etapas para a construção


Perceber a importância e a necessidade de se compreender a alfabetização de crianças de 0 a 6 anos na cidade de Irecê, relacionando aos aspectos sócio-culturais e históricos dos sujeitos que estão inseridos no contexto na Escola Municipal Marcionílio Rosa, buscando analisar contrastivamente teorias já discutidas por pesquisadores, a exemplo de Emilia Ferreiro, que a mais de 20 anos no Brasil, chama atenção especialmente dos professores para uma revolução conceitual da alfabetização.
Diante a tudo que foi apresentado até aqui sobre a alfabetização são muitas as questões que norteiam meu estudo que será alcançado com a ajuda de determinados objetivos específicos:
· Compreender a concepção de alfabetização que os professores da Escola municipal Marcionílio Rosa possuem.
· Identificar as principais dificuldades dos sujeitos que estão sendo alfabetizados.
· Descobrir como e se os professores da Escola Municipal Marcionílio Rosa utilizam o modelo teórico construtivista-interacionista proposto por Emilia Ferreiro e Ana Teberosky no livro Psicogênese da Língua Escrita.
· Analisar as práticas e os incentivos desenvolvidos em sala de aula para a aquisição da escrita e da leitura com alunos da alfabetização.
· Compreender o processo de aquisição da escrita e da leitura, contrastando o cotidiano presenciado na turma de alfabetização da Escola Marcionílio Rosa, com as pesquisas já existentes nesta área, identificando suas diversidades no contexto sócio-cultural da alfabetização.


Alicerce da construção


Muitas são as visões a cerca da alfabetização, seja ela de crianças ou de jovens e adultos, muitos são os pesquisadores que discutem a necessidade de se entender a alfabetização não apenas como aprender a ler e escrever, mas buscar a interação também com o contexto social vivenciado pelo aluno. Aqui vamos focar na alfabetização da criança de 0 a 6 anos, tendo como base, pesquisadores a exemplo de Emilia Ferreiro, Ana Teberosky, Magda Soares como as principais referencias. Mas será de extrema importância à relação destes com outros pesquisadores que também discutem a alfabetização, para o aprimoramento de minha pesquisa.
Antes de serem inseridas no processo escolar as crianças já possuem importantes conceitos sobre a escrita e a leitura, a exemplo de como pegar no lápis, que a escrita começa da esquerda para direita, “finge” que lê ao ver as imagens, entre tantas outras situações. Todas estas situações aguça a curiosidade e a vontade de entender os mecanismos já utilizados pelos adultos, sendo evidente nos primeiros anos da formação alfabética quando a criança para em todos os lugares para identificar os sinais gráficos, tudo é muito novo, fascinante.
Uma das grandes pesquisadoras que discute os processos da língua escrita é a psicóloga e a psicolínguista Argentina Emilia Ferreiro que concentra suas pesquisas em mecanismos cognitivos relacionados a leitura e a escrita comprovando o importante papel que a criança tem na construção do seu próprio conhecimento. Assim, diferente do que ouvimos dizer Emilia Ferreiro não desenvolveu um método, mas observou como se realiza a construção da linguagem escrita, percebendo que a criança reinventa a escrita.
Outros pesquisadores também concentraram seus estudos na realidade educacional da alfabetização, a exemplo de Ana Teberosky que também desenvolve pesquisas na área da linguagem, Telma Weisz (2001), uma das idealizadoras do Programa de Formação de Professores (PROFA), relata especialmente a necessidade da conscientização da tarefa de alfabetizar que não é responsabilidade apenas das séries iniciais; Cagliari, explora a alfabetização através da fonética, Magda Soares defensora da alfabetização letrada. Todos estes autores como também outros pesquisadores possuem significativas contribuições para um melhor entendimento da alfabetização. Porém para que realmente se entenda a alfabetização é preciso contextualizá-la inicialmente parafraseando Magda Soares(2004), quando relata a importância de uma alfabetização contextualizada que determina que a alfabetização que deve ser focada sob dois aspectos: aquisição e desenvolvimento da linguagem oral e escrita, porém dar-lhe um significado negaria seu real sentido, afinal, alfabetização ultrapassa apenas o ler e o escrever.
Várias são as perspectivas que norteiam o processo da alfabetização segundo Cagliari (1997), a exemplo da abordagem psicológica que se direciona as condições prévias para a aprendizagem da leitura e da escrita; da psicolingüística que caracteriza a maturidade lingüística da criança; a sociolingüística que focaliza a alfabetização como processo vinculador aos usos sociais da língua destacando as diferenças dialetais, e, por outro lado a lingüística que concebe a alfabetização como um processo de transferência da forma sonora para a forma gráfica da escrita. Assim a criança terá não somente que compreender, mas entender os elementos da linguagem oral e escrita, apropriando-se desta nova aprendizagem.
Neste processo é de fundamental importância e interação da criança com o meio. O processo de alfabetização perpassa por vários fatores, desde o seu desenvolvimento emocional, social da natureza lingüística que está inserido, da relação escola e sociedade, pois o trabalho de alfabetização não se restringe apenas a sala de aula. Assim, faz-se importante também o conhecimento dos estágios de desenvolvimento da percepção da linguagem escrita que são desmistificados no livro Psicogênese da Língua Escrita de Ana Teberosky e Emília Ferreiro, que se dividem em períodos denominados pré-silábico, onde a criança registra garatujas e desenho, símbolos ou letras que se misturam a números, nesta fase também começam a diferenciá-los. Na fase seguinte, a silábica, a criança tem a noção de que cada sílaba corresponde a uma letra. No nível silábico-alfabético a criança precisa negar o nível anterior, o valor sonoro impõe-se forçosamente. No nível alfabético a criança reconstrói o sistema lingüístico e compreende a sua organização. Ao ir desenvolvendo suas percepções, as crianças mesmo ainda não estando inserida no quotidiano escolar, vão imitando letras, diferenciando letras, números e desenhos, fingem que lê estórias que já conhecem ou criam a sua própria estória, porém já conhecem o que se lê e o que não se lê, deste modo, vão aos poucos desenvolvendo o verdadeiro sentido da leitura e da escrita em seu mundo.



BASES PARA A CONSTRUÇÃO

O estudo será realizado através da pesquisa qualitativa, que busca a compreensão detalhado dos significados e características situacionais apresentadas pelo objeto de pesquisa em questão, através de uma análise contrastiva entre as teorias já discutidas e as observações realizadas na Escola Municipal Marcionílio Rosa, na tentativa de compreender a concepção da escrita e da leitura nas relações de ensino-aprendizagem nos diferentes contextos histórico-sociais.
Nesta perspectiva a pesquisa qualitativa possuem objetos ilimitados, significados restritos, mas que apresentam grande valor na avaliação dos dados educacionais, até mesmo porque incorporam aspectos ideológicos para análise de uma abordagem crítica evitando generalizações impróprias que segundo, Bernadete Gatti em artigo publicado pela revista Dialogo Educacional(2006), trata a pesquisa como questionadora da ciência responsável pela revolução de paradigmas que repercutem na elaboração de novos conhecimentos, ao mesmo tempo, a saída das informações subsidiadas pelo senso comum revelando a necessidade de se definir uma abordagem, um método, um caminho a ser percorrido. Também, muito bem definido por Edgar Morim (2003) em seu livro Educar na era planetária, que reflete a importância de um pensamento global, da construção de um sujeito pensante e estrategista capaz de provocar uma transformação na acepção do conhecimento gerado principalmente pelas práticas de participação que as interações possibilitam, e pelos constantes e crescentes questionamentos que a viagem da pesquisa proporciona. Porém, para que se consiga atingir o objetivo geral, será necessário orientar os passos a serem seguidos tendo como apoio os objetivos específicos.
· O campo de Pesquisa: Escola Municipal Marcionílio Rosa, localizada no bairro Boa Vista, na cidade de Irecê-BA.
· Turma a ser observada: Alfabetização com foco na concepção da escrita e da leitura.
Segundo Roberto Sidnei (2006) a observação de campo é mais que uma etapa preparatória constitui na realidade, parafraseando Junker (1960) é parte introdutória da ciência social. O dinamismo da realidade estabelece o pensamento critico independente. No caso de pesquisas qualitativas, as observações de campo, segundo Roberto Sidnei (2006), realizam uma verdadeira “garimpagem” de ações, realizações e sentidos.
O estudo de caso, da pesquisa em questão buscará compreender o objeto estudado como único, constituindo a produção de uma teoria respeitando as relações com os sujeitos. Buscando a compreensão do objeto de pesquisa em questão, oriento-me através dos objetivos específicos seguintes:
· Compreender a concepção da alfabetização que os professores da Escola Municipal Marcionílio Rosa possuem.
- Pesquisa bibliográfica sobre as definições e olhares a cerca da alfabetização;
- observações semanais das relações ensino-aprendizagem, aluno-professor;
- entre-vistas (professores, direção, coordenação e alunos);
- análise de documentos (planos de aulas, atividades desenvolvidas e proposta);
- relacionar fatores já observados à história social da escola, dos alunos e professores.

· Identificar as principais dificuldades dos sujeitos que estão sendo alfabetizados.
- Pesquisa bibliográfica das dificuldades enfrentadas pelas crianças em relação ao ensino-aprendizagem e os aspectos históricos-sociais.
- entrevistas com o professor e alunos
- observação de atividades dos alunos, contrastando as dificuldades relatadas e as apresentadas.
- Pesquisa bibliográfica e acadêmica para “possível” intervenção auxiliando o professor para resolução de algumas dificuldades.
· Descobrir como e se os professores da Escola Municipal Marcionílio Rosa utiliza o modelo teórico construtivista-interacionista proposto por Emilia Ferreiro e Ana Teberosky no livro Psicogênese da Língua escrita ( 1999).
- Pesquisa bibliográfica sobre o tema abordado.
- Observações na dinâmica-social da sala de aula.
- Conversa, entre-vistas e entrevistas com o professor e alunos.

· Identificar se os processos da leitura e da escrita ocorrem independentes de seu contexto social.
- Análise das atividades desenvolvidas em sala de aula
- contrastar observações com pesquisas já desenvolvidas
- observar os detalhes da escrita e da leitura desenvolvida pela turma. Se “possível” desenvolvimento de algumas atividades especifica, a exemplo da escrita de um diário da história de vida.
- análise do contexto social da escola em questão.































REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Lingüística. 10 ed. Editora Scipione. São Paulo, SP, 1997.

ESPECIAL GUIA PRÁTICO PARA PROFESSORES – ALFABETIZAÇÃO. Cotia, SP: Editora Lua, n° 12. 2008.

FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

MACEDO, Roberto Sidnei. Etnopesquisa Critica, etnopesquisa-formação. Brasília. Ed. Líber Livro, 2006.

MORIN, Edgar. Educar na era planetária. O pensamento Complexo como método de aprendizagem pelo e pela incerteza humana. Trad. bras. São Paulo. Ed. Cortez.2003.

REVISTA DIALOGO EDUCACIONAL, Curitiba: Universidade Católica do Paraná, vol 6, n. 19. set/dez. 2006. p. 25 a 35.

SANTOMÉ, Jurjo Torres. Globalização e Interdisciplinaridade – O currículo Integrado. 1 ed. Artes Médicas. Porto Alegre, 1998.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

PALACIOS, Jesus. Educação Infantil – Resposta educativa à diversidade. 1 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

Disponível em: http://www.centrorefeducacional.com.br/contribu.html. Acesso em 31 de março de 2008.

Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0190/aberto/mt_120479.shtml. Acesso em 31 de março de 2008.

Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/pdf/Esp_004/john_dewey.pdf Acesso em 26 de abril de 2008.

Disponível em: http://www.alemdasletras.org.br/AgenciaNoticias/Site/Categoria1/Notícias/tabid/76/ctl/ArticleView/mid/403/articleId/328/default.aspx%20.%20Acesso%20em%2010/05/2008.

Disponível em:
http://64.233.169.104/search?q=cache:RSiJn-mQopYJ:portal.mec.gov.br/seb/
arquivos/pdf/Profa/guia_for_2.pdf+%22Telma+Weisz+%2B+conscientiza%C3%A7%C3%A3o+da+tarefa+de+alfabetizar+%2B+s%C3%A9ries+iniciais%22&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=6&gl=br. Acesso em 10 de maio de 2008.

domingo, 2 de março de 2008

Pesquisa e Prática Pedagógica 3

ALFABETIZAÇÃO DE 0 a 6 ANOS
CONCEPÇÃO DA ESCRITA E DA LEITURA NAS SÉRIES INICIAIS.
PROBLEMA

* Como a criança de 0 a 6 anos desenvolve o processo de leitura e de escrita, levando em considerações seus conhecimentos prévios?


OBJETIVO GERAL:

* Compreender a concepção da escrita e da leitura na alfabetização de crianças de 0 a 6 anos.


OBJETIVOS ESPECIFICOS:

* Avaliar o que a criança de 0 a 6 anos conhece sobre a escrita e a leitura, antes e depois de inserida no quotidiano escolar.
* Compreender o desenvolvimento do processo da escrita e a leitura em crianças de 0 a 6 anos.
* Refletir a cerca das metodologias utilizadas pelos profissionais que atuam na alfabetização.
*Compreender porque muitas crianças se frustram diante o ensino a leitura e da escrita nas séries iniciais.

PROBLEMÁTICA

Há algum tempo a educação infantil vem recebendo um grande impulso apoiado pela LDB que vêm revelando a dicotomia entre creche e pré-escola, a questão do cuidado e a educação, assistência e desenvolvimento/aprendizagem dando ênfase à importância dos primeiros anos de vida do ser humano na sua formação, uma vez que as primeiras experiências representam a matriz que a criança estabelece com a realidade. Também segundo o Referencial Curricular Nacional (RCN, 1998) a Educação Infantil se expandiu de forma crescente em virtude da participação da mulher no mercado de trabalho, das novas estruturas familiares, e do crescente processo de urbanização. Assim, a educação infantil vem aos poucos ultrapassando os limites do atendimento assistencial para uma prática pedagógica voltada ao desenvolvimento da criança.(...)
Nos primeiros anos de vida da criança é preciso mobilizar técnicas, métodos e recursos pedagógicos que irão estimular seu desenvolvimento global, organizando não somente expressões espontâneas da criança, mas pensamento, linguagens e suas relações construindo assim novas situações que obriguem a formulação de novas aprendizagens. A linguagem forma um conjunto de condutas cognitivas e emocionais que vão dando origem à invenção, a descoberta e apropriação de combinações diversificadas permitindo a formação de conceitos de modo criativo e autêntico. Deste modo a alfabetização não deve ser algo imposto pelos adultos, a criança deve alfabetizar-se de acordo com os estímulos e o meio em que está inserida, não precisamos forçar assim uma "alfabetização precoce".
No final do século XIX a educação adquire maior importância sendo considerada como motor de transformação social, gerando assim novas discursões a cerca dos direitos e deveres na infância. Jonh Dewey (apud SANTOMÉ, 1998) descreve que “a escola deve representar a vida presente, uma vida tão real e vital para as crianças como a que vive em sua casa, no bairro ou no campinho de futebol” (p.28) que repercutiram decisivamente nas teorias e práticas pedagógicas. As primeiras relações da criança ocorrem na família, mas é na escola que a criança amplia seus relacionamentos, assim a escola proporcionará experiências únicas que segundo Zabala (apud KRIEGER, 1998) depende das experiências vivenciadas, e as instituições educacionais são um dos lugares preferenciais.
Deste modo, o meio social fortalece certos impulsos mentais e emocionais, concretizando que a educação nunca é diretamente, mas indiretamente através do meio, principalmente se entendermos a maneira de pensar da criança como uma construção histórica e pela prática pedagógica desenvolvida em cada tempo e lugar. Toda esta revolução na educação infantil, parte do princípio de considerar crianças como crianças, com personalidades próprias e diferentes, nesta perspectiva há um golpe a metodologia tradicional onde as aprendizagens são sustentadas no pensamento reprodutivo, estando baseado em Ovide Decroly que afirmará que o centro de interesses formará a percepção global infantil e motivará a criança a desenvolver suas necessidades fisiológicas, psicológica e social.
A dicotomia histórica do cuidar e educar advém de concepções de desenvolvimento e da aprendizagem, hoje tanto na creche quanto na pré–escola a criança tem o direito de ser cuidada e educada possibilitando assim a formação social, valorização de conhecimentos próprios para apropriação de novos conteúdos propostos. Assim o ato de cuidar na educação infantil relaciona-se intimamente ao ato de educar contribuindo para o desenvolvimento das capacidades infantis, atitudes de aceitação, respeito e confiança, além do conhecimento da realidade. Para que esta formação seja completa é importante ressaltar o interesse do professor pelo que a criança sente, pensa, tornando-a independente e autônoma baseando-se no trinômio ação-reflexão-ação em que o papel da escola é o de competência humana com ênfase na relação ética do desafio social, que segundo Ploharski (2003) cita a importância de deixar o medo e fazer os quatro pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos, aprender a ser. Assim estará reformulando a teoria e prática a ser assumida.
Diante tantas transformações ocorridas na área educacional, ignorar as aprendizagens que a criança vem adquirindo em seu convívio social torna-se inadmissível, afinal eles falam, pensam e perguntam sobre a leitura e a escrita, porém muitas vezes somos alvos de uma alfabetização centrada no ba-be-bi-bo-bu, com uma metodologia fechada diferente da própria lógica das crianças.
O ensino da leitura e da escrita insere-se na aprendizagem significativa e da funcionalidade da linguagem, não distanciando de sua finalidade primordial , a comunicação, porém as crianças deparam-se com uma aprendizagem dupla, precisam conhecer o sistema de codificação da escrita alfabética, por outro lado a linguagem escrita com modos discursivos que resultam na utilização da escrita, nesta perspectiva é importante se ter a noção que se aprende a ler e escrever, lendo e escrevendo, e que os erros devem ser naturais nesse processo de exploração. No entanto, o mundo está repleto de representações e signos diversos, e assim as crianças vão desenvolvendo sua percepção da linguagem escrita, através de fases que se dividem em períodos denominados pré-silábico, onde a criança registra garatujas e desenho, símbolos ou letras que se misturam a números, nesta fase também começam a diferenciá-los. Na fase seguinte, a silábica, a criança tem a noção de que cada sílaba corresponde a uma letra. No nível silábico-alfabético a criança precisa negar o nível anterior, o valor sonoro impõe-se forçosamente. No nível alfabético a criança reconstrói o sistema lingüístico e compreende a sua organização. Ao ir desenvolvendo suas percepções, as crianças mesmo ainda não estando inserida no quotidiano escolar, vão imitando letras, diferenciando letras, números e desenhos, fingem que lê estórias que já conhecem ou criam a sua própria estória, porém já conhecem o que se lê e o que não se lê, deste modo, vão aos poucos desenvolvendo o verdadeiro sentido da leitura e da escrita em seu mundo.
Assim acabamos por nos perguntar, qual o significado de tantos “rabiscos”? Como interpretá-los sem frustrações? Como a criança adquire a noção do certo e errado? Qual o momento certo para ser alfabetizado? São muitos os questionamentos que norteiam a esta etapa da formação acadêmica, mas antes de respondê-las é essencial se ter a noção do que realmente é alfabetização.
A alfabetização, seguindo SOARES (1985) precisa ser focado sob dois aspectos: aquisição e desenvolvimento da linguagem oral e escrita, porém dar-lhe um significado negaria seu real sentido, afinal, alfabetização ultrapassa apenas o ler e o escrever. Várias são as perspectivas que norteiam o processo da alfabetização, a exemplo da abordagem psicológica que se direciona as condições prévias para a aprendizagem da leitura e da escrita; da psicolingüística que caracteriza a maturidade lingüística da criança; a sociolingüística que focaliza a alfabetização como processo vinculador aos usos sociais da língua destacando as diferenças dialetais e por outro lado a lingüística que concebe a alfabetização como um processo de transferência da forma sonora para a forma gráfica da escrita. Assim a criança terá não somente que compreender, mas entender os elementos da linguagem oral e escrita, apropriando-se desta nova aprendizagem.
Neste processo é de fundamental importância e interação da criança e o meio. O processo de alfabetização perpassa por vários fatores, desde o seu desenvolvimento emocional, social da natureza lingüística que está inserido, da relação escola e sociedade, pois o trabalho de alfabetização não se restringe apenas a sala de aula. Sem dúvida, a alfabetização é o momento mais importante da formação escolar de uma pessoa, é através da escrita e da leitura, se assim ainda podemos definir alfabetização, que temos acesso ao saber e que na atualidade é uma das maiores fontes do poder, por este motivo só agora no século XX surgiu as escolas públicas, que mesmo precariamente, permitiu um número maior de “alfabetizados”, desde modo nossas instituições são controladas pelo poder e não pelo saber.
Nesta perspectiva é relevante repensarmos atitudes a cerca da atual alfabetização do faz-de-conta, partir do principio que a criança tem um passado e que cada ser não aprende da mesma maneira. A escola nesta situação é um importante meio de vinculação do atual quadro, é a escola que abusa da força de linguagem para ensinar, orientado por princípios capitalistas, como CAGLIARI (1997) relata em seu livro Alfabetização e Lingüística, “a criança na escola, é claro não pode escrever pura e simplesmente o que quer, tem que aprender a escrever o que a cultura escolar lhe impõe. E isso, é lamentável”. (p.37). Porém se faz também necessário a formação de um professor reflexivo perante suas atividades, desenvolvendo assim grande importância perante a sociedade que forme sujeitos também reflexivos e mais que isto construtores de suas histórias saindo da marginalização dos processos alfabetizadores atuais, para uma alfabetização democrática, mais que isto, insira-se num processo de letramento onde apenas ler e escrever não é o bastante e nem o essencial, o primordial é estar inserido no seu contexto, interpretar o mundo a sua volta com novas visões.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Concepção da escrita nas series iniciais


Fases da Escrita


From: profmagna, 1 year ago





O professor alfabetizador sabe o quanto � importante conhecer as fases de escrita pelas quais os alunos passam no início da aquisição da base alfabética.

Por�m, atualmente com a progress�o continuada, n�o s� o professor das s�ries iniciais do ensino fundamental mas tamb�m os demais professores precisam conhecer tais etapas.

O v�deo a seguir se prop�e a explicar de forma resumida as principais fases envolvidas neste processo.



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quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

A criança pensa...e aprende ortografia

"De maneira geral sempre associamos a escrita na concepção de que se aprende através da memorização, do treinamento ou com contínuos processos de leituras, não se quer negar tais teses, porém o caráter gerativo e criativo da aprendizagem salienta a capacidade do aprendiz. Nesta perspectiva o erro de grafias e suas formas de analíses tornam-se ferramentas para compreender e conhecer não apenas as estratégias, como também as fontes de conhecimentos empregadosem como a criança enfrenta os diferentes tipos de tarefas com escritas".
( Telma Ferraz Leal e Antônio Roazzi
- Como as crianças aprendem -)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Pedagogia e Docência

Neste 3° semestre o PPP vem com uma nova roupagem, articulando Pedagogia e Docência e nos faz refletir a cerca do real sentido da palavra docência que extravassa o ensinar, afinal ela também mobiliza, articula, colabora, reflete, pesquisa, critica mediando o conhecimento. Assim, nosso objeto de pesquisa A Escola Municipal Marcionílio Rosa, vêm nos revelando o real sentido da docênia no que diz respeito ao eixo escolhido pelo grupo educação, docência e comunidade, que vem nos revelando a dimensão do eixo articulador em questão e a necessidade desta interação para que o projeto caminhe e se concretize corretamente, visando o bem estar da comunidade e da escola que vem elaborando um lindo projeto.
Na segunda parte nasce a elaboração de um texto individual, uma intenção de pesquisa, que será desenvolvida durante todo o curso , é justamente está intenção qeu estou tentando desenvolver, tá meio complicada mas espero alcançar meu objetivo, o meu objeto já tenho "Concepção da escrita nas séries iniciais". Estou agora tentando desenvolver a problemática, problema e o objetivo.
Até mais...

sábado, 8 de dezembro de 2007

PPPs

Olá, quanto tempo....
é tanta coisa para fazer neste PPP3, que chega a faltar tempo...... Mas vamos ao que nos interessa. A partir de agora vou dedicar-me ao PPP em questão, mas não posso deixar de relatar sobre os anteriores.
No meu 1° PPP, resolvi escrever sobre a "Ludicidade no processo da aprendizagem", foi um tema que me chamou muita atenção pelo fato de ser uma questão muito iumportante, porém utilizada de maneira errada, afinal a brincadeira para muitos ainda não tem uma intencionalidade definida, tentei chamar atenção sobre o quanto esta atividade antiga (sim, ela é bem antiga), pode nos ajudar no desenvolvimento da criança de maneira prazeiroza.
Aqui está um trecho do meu texto que ressalta a origem e a importância do lúdico.

"A afirmação central de valorização do brincar encontra-se em São Tomás de Aquino: “Ludus est necessarius ad conversationem humanal vital” – o brincar é necessário para a vida humana, ele afirmava que todo ser humano precisa de repouso para a alma o que é proporcionado pela brincadeira, que é também necessária para o intelectual, afinal as atividades racionais são as que mais querem o brincar. Na Idade Medieval não só São Tomás de Aquino, mas outros educadores e filósofos também desenvolveram atividades de caráter lúdico como o filósofo Alcuíno que priorizava o ensino divertido; Petrus Alfonsus que inclui em escolas monásticas anedotas que serviam de exemplo na pregação; Rosita de Gandrsheim re-inventa o teatro, re-introduz a composição teatral; D. Afonso, o sábio cria diversos jogos. As transformações ocorridas no período do Renascimento estimularam o nascimento de novas visões sobre a criança, autores como Erasmo e Montaigne sustentava a tese de que a educação deveria respeitar a natureza infantil, estimular a criança, associar o jogo à aprendizagem. No século XVIII Jonh Locke vê o jogo como um excelente auxiliar da educação possibilitando a superação dos próprios limites, já no século XIX quando o ensino se torna universal, com a intervenção cada vez maior do Estado, Froebel seguindo os pensamentos de Pestalozzi cria em 1833 um kindergarten (jardim-de-infância), seu modo básico de funcionamento educacional incluía atividades de cooperação e o jogo, pois Frobel acreditava que levaria as crianças a aceitar as atividades, assim possibilitaria que o mundo interno da criança se exteriorizasse. A discursão sobre a escolaridade obrigatória intensificada nos séculos XVIII e XIX, transformou a criança no centro de interesses educativos, porém a educação dualista continuava a formar uma sociedade classista. É importante percebermos que o comportamento lúdico não é um comportamento herdado, ele é adquirido pelas influências que recebemos no decorrer da evolução dos processos do desenvolvimento e de aprendizagem. Embora com ênfases diferentes, todos os autores reconheciam que as crianças possuíam necessidades próprias e características diversas como o interesse pela exploração de objetos e pelo jogo. Na atualidade a educação lúdica é via de regra 90% através de trabalhos em grupo que apesar da competitividade estimulam a agregação, o pensar compartilhado indo de encontro com idéias de Vygotsky onde o sujeito não é ativo nem passivo, é interativo.
A atividade lúdica não substituiria toda a complexidade do processo educativo, porém poderia auxiliar na busca de melhores resultados, teríamos uma possibilidade de não ter tantos problemas de indisciplina e evasão na escola, entretanto ainda existe uma distância muito grande entre o discurso e prática em sala de aula. O próprio espaço e ambientes de instituições infantis não podem ser desconsiderados, o uso desses espaços não é neutro, a forma de organiza-lo indica a metodologia e as concepções do educador ao mesmo tempo em que transmite à criança as possibilidades que lhes são oferecida, são estes espaços que promovem a identidade pessoal e a construção de diversas aprendizagens.
O desenvolvimento da personalidade da criança e da sua inteligência requer a organização e a estruturação do eu e do mundo de acordo com concepções de noções fundamentais desvendadas a partir das vivências e experiências observadas pela criança, que ira estruturando a sua personalidade, descobrindo e conquistando o mundo dos objetos e das pessoas, por meio dos sentidos percepções, das emoções, do movimento e da interatividade com o meio, afinal antes das crianças construírem uma lógica narrativa, constroem uma lógica na ação por meio de estratégias não verbais.
A perspectiva Walloniana caracteriza o desenvolvimento infantil como um processo pontuado de conflitos, resultantes da interação entre a criança e o meio, denominando os conflitos como propulsores do desenvolvimento que sucedem a fases cognitivas e afetivas. Para Wallon, tanto os jogos quanto às brincadeiras constituem-se numa possibilidade de expansão o que a criança interioriza na sua interação com o meio, neste processo o mais significante para a criança é o que ela fantasia enquanto se movimenta, e não o seu próprio movimento. Vygotsky vê a construção do pensamento e da subjetividade infantil como um processo cultural e explica este processo com um conceito de zona de desenvolvimento proximal, onde a criança transforma as informações que recebe de acordo com os conhecimentos já adquiridos, levando à criança a construir novas ações, ou seja modos pessoais de pensar, sentir, memorizar, etc. Wallon tal como Vygotsky considera o desenvolvimento humano como resultante das condições e situações que envolvem o sujeito".
No 2° PPP, nos dedicamos a proposta de um espaço não-formal, no meu caso pesquisamos Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de João Dourado enquanto espaço não-formal de educação possibilita uma formação política e crítica do jovem e adulto da classe trabalhadora. Tendo como objetivo geral, a compreensão da função da educação proposta pela organização sindical a partir da atuação deste sindicato enquanto intelectual orgânico no desempenho de suas ações na formação política-crítica dos trabalhadores rurais. A partir deste contexto escrevemos (porque o texto foi em grupo), sobre a ação educativa dos sindicatos enquanto espaços não-formais de educação, eis um trecho do nosso texto:
" Desta forma os movimento sociais tem sido educativos não tanto através da propagação de discursos e lições conscientizadoras, mas pelas formas como tem agregados e mobilizado em torno das lutas pela sobrevivência. Neste contexto, o cenário histórico que apresenta complexibilidade administrativa maior é aquela formada pela população carente do país, pois as políticas públicas desenvolvidas para a população não atende aos anseios da sociedade, a qual vem se modificando constantemente. As pessoas crescem intelectualmente, adquirem formações socialmente boas, no entanto, os sistemas que deveriam favorecer são impostos a eles de cima para baixo de forma que não tendem as necessidades básicas do indivíduo, como conseqüência delas a sociedade vem formando um perfil de homem como um ser neoliberal.(...) Assim no decorrer dos tempos as mobilizações populares têm agido como pedagogos no aprendizado dos direitos sociais e principalmente no direito a educação, afinal a formação humana é inseparável da produção mais básica da existência do trabalho e das lutas por condições de vida melhores, pois as teorias pedagógicas se constroem pelos sujeitos da própria ação educativa, assim a humanização tem se tornado objeto da pedagogia dos movimentos sociais, pois o que mais se presencia é o processo desumano da opressão às classes subalternas. (...) Nesta perspectiva, pode-se perceber que a educação existe dentro e fora da escola onde houver redes e estruturas sociais, e há trocas de saberes de uma geração a outra como diz Brandão em seu livro O que é Educação. Desta forma, a entidade observada faz parte significativamente desse processo educativo, onde se tem voltado basicamente para a formação e atuação do individuo como ser social, dentro da própria sociedade, sem perder suas identidades e seus costumes, é perceptível ainda a preocupação dos dirigentes em que esses jovens dêem continuidade a esse processo".

terça-feira, 20 de novembro de 2007

E assim começam minhas pesquisas...

Eu sempre soube uma coisa, que Educação Infantil sempre me chamou atenção e que eu queria algo relacionado a estas primeiras séries que são de muita importância para o nosso desenvolvimento, afinal quem não se lembra da primeira professora?
No meu primeiro PPP pesquisei sobre a importância do lúdico nas séries iniciais, porém apesar de ser um tema interessante não consegui criar laços para que se perpetuasse esta pesquisa. No segundo PPP o foco centralizou-se em um espaço não formal, focalizamos nossa pesquisa na formação do sujeito enquanto intelectual orgânico e sujeito pedagógico na sociedade, baseado no pensamento Gramsciano, foi muito enriquecedor,mas agora tenho lido, mesmo que superficialmente, sobre o processo de escrita e como ela vem se tornando um ato pavoroso para as crianças. Meu primeiro passo foi pedir orientação a professora Kedma que me indicou uma obra de Magda Soares que desvenda a diferenciação do letramento (vocábulo ainda novo) e alfabetização, sua obra Letramento um tema em três gêneros desperta a importância de não apenas saber ler e escrever é preciso responder as exigências da leitura em seus diferentes contextos. Alfabetizado é alguém que sabe ler e escrever, letrado é todo ser que "ler" em suas entrelinhas, a criança apesar de ainda não saber ler e escrever é letrada, ela conta uma história através das figuras ou do que foi contado, brinca de escrever, brinca que lê. A autora propõe que: "O ideal seria alfabetizar letrando: ensinar a ler e esrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita". (pag.47) e mais que isto tornar a aprendizagem prazeirosa.
Até o nosso proximo encontro, espero que tenha gostado e aprendido um pouquinho mais....