quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

A criança pensa...e aprende ortografia

"De maneira geral sempre associamos a escrita na concepção de que se aprende através da memorização, do treinamento ou com contínuos processos de leituras, não se quer negar tais teses, porém o caráter gerativo e criativo da aprendizagem salienta a capacidade do aprendiz. Nesta perspectiva o erro de grafias e suas formas de analíses tornam-se ferramentas para compreender e conhecer não apenas as estratégias, como também as fontes de conhecimentos empregadosem como a criança enfrenta os diferentes tipos de tarefas com escritas".
( Telma Ferraz Leal e Antônio Roazzi
- Como as crianças aprendem -)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Pedagogia e Docência

Neste 3° semestre o PPP vem com uma nova roupagem, articulando Pedagogia e Docência e nos faz refletir a cerca do real sentido da palavra docência que extravassa o ensinar, afinal ela também mobiliza, articula, colabora, reflete, pesquisa, critica mediando o conhecimento. Assim, nosso objeto de pesquisa A Escola Municipal Marcionílio Rosa, vêm nos revelando o real sentido da docênia no que diz respeito ao eixo escolhido pelo grupo educação, docência e comunidade, que vem nos revelando a dimensão do eixo articulador em questão e a necessidade desta interação para que o projeto caminhe e se concretize corretamente, visando o bem estar da comunidade e da escola que vem elaborando um lindo projeto.
Na segunda parte nasce a elaboração de um texto individual, uma intenção de pesquisa, que será desenvolvida durante todo o curso , é justamente está intenção qeu estou tentando desenvolver, tá meio complicada mas espero alcançar meu objetivo, o meu objeto já tenho "Concepção da escrita nas séries iniciais". Estou agora tentando desenvolver a problemática, problema e o objetivo.
Até mais...

sábado, 8 de dezembro de 2007

PPPs

Olá, quanto tempo....
é tanta coisa para fazer neste PPP3, que chega a faltar tempo...... Mas vamos ao que nos interessa. A partir de agora vou dedicar-me ao PPP em questão, mas não posso deixar de relatar sobre os anteriores.
No meu 1° PPP, resolvi escrever sobre a "Ludicidade no processo da aprendizagem", foi um tema que me chamou muita atenção pelo fato de ser uma questão muito iumportante, porém utilizada de maneira errada, afinal a brincadeira para muitos ainda não tem uma intencionalidade definida, tentei chamar atenção sobre o quanto esta atividade antiga (sim, ela é bem antiga), pode nos ajudar no desenvolvimento da criança de maneira prazeiroza.
Aqui está um trecho do meu texto que ressalta a origem e a importância do lúdico.

"A afirmação central de valorização do brincar encontra-se em São Tomás de Aquino: “Ludus est necessarius ad conversationem humanal vital” – o brincar é necessário para a vida humana, ele afirmava que todo ser humano precisa de repouso para a alma o que é proporcionado pela brincadeira, que é também necessária para o intelectual, afinal as atividades racionais são as que mais querem o brincar. Na Idade Medieval não só São Tomás de Aquino, mas outros educadores e filósofos também desenvolveram atividades de caráter lúdico como o filósofo Alcuíno que priorizava o ensino divertido; Petrus Alfonsus que inclui em escolas monásticas anedotas que serviam de exemplo na pregação; Rosita de Gandrsheim re-inventa o teatro, re-introduz a composição teatral; D. Afonso, o sábio cria diversos jogos. As transformações ocorridas no período do Renascimento estimularam o nascimento de novas visões sobre a criança, autores como Erasmo e Montaigne sustentava a tese de que a educação deveria respeitar a natureza infantil, estimular a criança, associar o jogo à aprendizagem. No século XVIII Jonh Locke vê o jogo como um excelente auxiliar da educação possibilitando a superação dos próprios limites, já no século XIX quando o ensino se torna universal, com a intervenção cada vez maior do Estado, Froebel seguindo os pensamentos de Pestalozzi cria em 1833 um kindergarten (jardim-de-infância), seu modo básico de funcionamento educacional incluía atividades de cooperação e o jogo, pois Frobel acreditava que levaria as crianças a aceitar as atividades, assim possibilitaria que o mundo interno da criança se exteriorizasse. A discursão sobre a escolaridade obrigatória intensificada nos séculos XVIII e XIX, transformou a criança no centro de interesses educativos, porém a educação dualista continuava a formar uma sociedade classista. É importante percebermos que o comportamento lúdico não é um comportamento herdado, ele é adquirido pelas influências que recebemos no decorrer da evolução dos processos do desenvolvimento e de aprendizagem. Embora com ênfases diferentes, todos os autores reconheciam que as crianças possuíam necessidades próprias e características diversas como o interesse pela exploração de objetos e pelo jogo. Na atualidade a educação lúdica é via de regra 90% através de trabalhos em grupo que apesar da competitividade estimulam a agregação, o pensar compartilhado indo de encontro com idéias de Vygotsky onde o sujeito não é ativo nem passivo, é interativo.
A atividade lúdica não substituiria toda a complexidade do processo educativo, porém poderia auxiliar na busca de melhores resultados, teríamos uma possibilidade de não ter tantos problemas de indisciplina e evasão na escola, entretanto ainda existe uma distância muito grande entre o discurso e prática em sala de aula. O próprio espaço e ambientes de instituições infantis não podem ser desconsiderados, o uso desses espaços não é neutro, a forma de organiza-lo indica a metodologia e as concepções do educador ao mesmo tempo em que transmite à criança as possibilidades que lhes são oferecida, são estes espaços que promovem a identidade pessoal e a construção de diversas aprendizagens.
O desenvolvimento da personalidade da criança e da sua inteligência requer a organização e a estruturação do eu e do mundo de acordo com concepções de noções fundamentais desvendadas a partir das vivências e experiências observadas pela criança, que ira estruturando a sua personalidade, descobrindo e conquistando o mundo dos objetos e das pessoas, por meio dos sentidos percepções, das emoções, do movimento e da interatividade com o meio, afinal antes das crianças construírem uma lógica narrativa, constroem uma lógica na ação por meio de estratégias não verbais.
A perspectiva Walloniana caracteriza o desenvolvimento infantil como um processo pontuado de conflitos, resultantes da interação entre a criança e o meio, denominando os conflitos como propulsores do desenvolvimento que sucedem a fases cognitivas e afetivas. Para Wallon, tanto os jogos quanto às brincadeiras constituem-se numa possibilidade de expansão o que a criança interioriza na sua interação com o meio, neste processo o mais significante para a criança é o que ela fantasia enquanto se movimenta, e não o seu próprio movimento. Vygotsky vê a construção do pensamento e da subjetividade infantil como um processo cultural e explica este processo com um conceito de zona de desenvolvimento proximal, onde a criança transforma as informações que recebe de acordo com os conhecimentos já adquiridos, levando à criança a construir novas ações, ou seja modos pessoais de pensar, sentir, memorizar, etc. Wallon tal como Vygotsky considera o desenvolvimento humano como resultante das condições e situações que envolvem o sujeito".
No 2° PPP, nos dedicamos a proposta de um espaço não-formal, no meu caso pesquisamos Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de João Dourado enquanto espaço não-formal de educação possibilita uma formação política e crítica do jovem e adulto da classe trabalhadora. Tendo como objetivo geral, a compreensão da função da educação proposta pela organização sindical a partir da atuação deste sindicato enquanto intelectual orgânico no desempenho de suas ações na formação política-crítica dos trabalhadores rurais. A partir deste contexto escrevemos (porque o texto foi em grupo), sobre a ação educativa dos sindicatos enquanto espaços não-formais de educação, eis um trecho do nosso texto:
" Desta forma os movimento sociais tem sido educativos não tanto através da propagação de discursos e lições conscientizadoras, mas pelas formas como tem agregados e mobilizado em torno das lutas pela sobrevivência. Neste contexto, o cenário histórico que apresenta complexibilidade administrativa maior é aquela formada pela população carente do país, pois as políticas públicas desenvolvidas para a população não atende aos anseios da sociedade, a qual vem se modificando constantemente. As pessoas crescem intelectualmente, adquirem formações socialmente boas, no entanto, os sistemas que deveriam favorecer são impostos a eles de cima para baixo de forma que não tendem as necessidades básicas do indivíduo, como conseqüência delas a sociedade vem formando um perfil de homem como um ser neoliberal.(...) Assim no decorrer dos tempos as mobilizações populares têm agido como pedagogos no aprendizado dos direitos sociais e principalmente no direito a educação, afinal a formação humana é inseparável da produção mais básica da existência do trabalho e das lutas por condições de vida melhores, pois as teorias pedagógicas se constroem pelos sujeitos da própria ação educativa, assim a humanização tem se tornado objeto da pedagogia dos movimentos sociais, pois o que mais se presencia é o processo desumano da opressão às classes subalternas. (...) Nesta perspectiva, pode-se perceber que a educação existe dentro e fora da escola onde houver redes e estruturas sociais, e há trocas de saberes de uma geração a outra como diz Brandão em seu livro O que é Educação. Desta forma, a entidade observada faz parte significativamente desse processo educativo, onde se tem voltado basicamente para a formação e atuação do individuo como ser social, dentro da própria sociedade, sem perder suas identidades e seus costumes, é perceptível ainda a preocupação dos dirigentes em que esses jovens dêem continuidade a esse processo".